sexta-feira, 6 de junho de 2008

“LEVARAM MEU CARRINHO”



Presente em uma diferente festa de 15 anos, digo diferente, pois a aniversariante em questão, Jose Magalhães, não completava nesta data magna, 15 anos, mas sim um pouco mais que isso. Como nem todo o sonho de infância se realiza realmente na infância, a aniversariante, com o apoio de amigos, colegas e familiares não desistiu deste sonho, motivo pelo qual a mesma optou por concretizá-lo, realizando assim, em forma de mulher um sonho de menina.
Nesta mesma festa, entre algumas das crianças que se faziam presentes, uma me chamou a atenção, momentos antes de se cortar o bolo, esta criança, um menino, chorava desconsolado, ao buscar saber o motivo pelo qual chorava, soube que o mesmo emprestara um carrinho a outra criança da festa e esta fora embora e se esquecera de devolver o brinquedo. O curioso é que a ausência do brinquedo lhe impactara tanto e o simples fato de ter perdido seu carrinho o fez perder o chão. Ele recusou, entre outros brinquedos que foram lhe oferecidos, um delicioso e suculento pedaço de bolo de brigadeiro e o mais curioso é que, segundo sua mãe, ele adora bolo e mais, ele tinha outros carrinhos iguais que ele mesmo lavara na festa. Mas então, por que é que ele recusará o tão suculento pedaço de bolo? Muitas emoções, como a perda de um ente querido ou como um objeto de apego, como no caso deste menino, nos cega perante as possibilidades que nos são propostas. (entenda o carrinho não tinha um grande valor econômico, era um carrinho pequeno que no mercado custa apenas R$ 4,99). Para esta criança o carrinho tinha um valor sentimental.
Quantos pedaços suculentos de bolo as pessoas perdem na vida, por deixar que pequenos carrinhos tirem sua alegria? “Um dia a gente aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.”( William Shakespeare)
Não culpe situações ou pessoas por seu fracasso ou falta de decisão, somos responsáveis pelas escolhas que fazemos ou negligenciamos fazer. Você é que escolhe ser. Tudo depende da forma como se posiciona perante a vida.
E para finalizar. Faço uso das palavras do Diretor-Presidente do grupo RBS Nelson Sirotsky, em sua carta referida a todos os colaboradores no mês de março.
“Cada um é responsável pela sua própria evolução pessoal e profissional e cabe a nós encontrarmos a melhor maneira de realizá-la em nossas vidas. Pense nisso”.